Como estudar.
Acho que isso já aconteceu com vocês, abrir uma partitura pela primeira vez e querer cantar-la ou tocar-la imediatamente, seja ela de uma peça conhecida ou não. Pois bem, essa seria a maneira menos aconselhável de enfrentar uma música.
Quando nos deparamos com uma peça que vamos interpretar pela primeira vez, temos que saber dados do autor, estilo, época em que foi composta e outros dados teóricos. Passamos então à análise musical, quais dificuldades encontraremos - para não haver surpresas -, análise harmônica e se for uma peça em conjunto saber o que o outro musico ou cantor estará fazendo para saber o que se deve destacar ou não.
Os cantores, depois desse primeiro contato, passar para o estudo do texto, falar o texto em voz alta, para que a musculatura responsável por cada movimento de articulação das palavras possa “lembrar” da posição correta quando se for cantar efetivamente. Isso poderia chamar-se de condicionamento da articulação.
Depois passamos ao aprendizado da melodia, que pode ser feita solfejando ou tocando o piano, mas não é aconselhável cantar nessa fase, só ouvir a melodia até que ele esteja bem aprendida. Se escolher estudar solfejando, acostumar-se a solfejar utilizando o ouvido interno, sem emitir som, somente escutando as notas na mente. Se for utilizar o piano, toque a melodia varias vezes até estar seguro dela - se você escolhe o piano, estará perdendo uma grande oportunidade de treinar seu solfejo.
Depois de aprendida a melodia, juntar o texto a ela ainda sem cantar. Tendo a música completa na cabeça, repasse ele toda na mente até estar bem seguro. Ainda sem emitir som, articule cada palavra como se estivesse cantando, ouvido a melodia na cabeça ou tocando ela no piano. Somente depois de tudo isso passe a cantar a peça efetivamente, preferivelmente com o professor ou o pianista, para que se possa ter uma referencia externa do som emitido.
Esse procedimento é o ideal para que se possa ter um maior desempenho interpretativo e vocal.
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