Trabalho com coro
Quando comecei o ofício como professor de canto, eu trabalhava mais com corais. Em São Luis existe uma tradição muito forte de cantar em coro e depois de descobrir o que queria fazer na minha vida, comecei a trabalhar com grupos antes de dar aulas para alunos individualmente. Durante todos esses anos, adquiri uma maneira de passar informações para pessoas leigas em música que cantam em coro.
Basicamente eu passo as informações da mesma maneira quando estou com um aluno solista. O meu objetivo em um trabalho em grupo, no entanto é unificar as vozes, o qual é diferente de um trabalho solista onde busco o timbre pessoal do cantor.
Sempre vai haver um cantor com uma voz que sobre-sai do resto. Nesse caso eu não o limito, eu quero que os outros cantem igual a ele.
Para um coro amador os exercícios são praticamente os mesmos. O importante é deixá-los à vontade e nunca passar informações em excesso que poderá causar bloqueios e atrapalhar o trabalho.
O trabalho técnico em um coro amador deve ser cuidadoso e paciente, mas se pode chegar a resultados satisfatórios se o trabalho é sério. Um coro amador pode chegar a um bom nível com aquele coro japonês, o Shinyukai Choir, que cantou com a Filarmônica de Berlim na famosa gravação do Carmina Burana com Seiji Ozawa.
Dia 27 de outubro eu estarei dirigindo no FEMACO (Festival Maranhense de Coros), o Coral Villa-Lobos, um coro amador formado por pessoas da comunidade das mais diversas idades.
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